O dia 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade, é um lembrete global da importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A prematuridade, que afeta milhões de famílias, exige uma atenção especializada, e a tecnologia de imagem é uma grande aliada nessa jornada.

A Ultrassonografia (USG) não apenas monitora o crescimento do bebê, mas emerge como a ferramenta mais poderosa para prever e prevenir o risco de um parto ocorrer antes do tempo e o Doppler é mais uma ferramenta parceira da medicina fetal para prever o risco de parto antes das 37 semanas e atuar na prevenção.

O Olhar da Ciência: Dois Exames Essenciais para o Rastreio de Risco

Para identificar gestantes que necessitam de intervenção, a medicina fetal moderna se apoia em dois pilares fundamentais, realizados via USG:

USG Transvaginal para Medição do Colo Uterino: O Alarme da Estabilidade

O encurtamento prematuro do colo do útero é o fator de risco mais forte para o parto prematuro espontâneo.

Uma medição do colo uterino igual ou inferior a 25 mm, (2,5 cm) no segundo trimestre (geralmente entre 20 e 24 semanas) é o principal critério para indicar alto risco. A detecção precisa e precoce desta condição permite iniciar imediatamente tratamentos comprovados. 

 USG com Doppler das Artérias Uterinas: A Saúde da Placenta em Foco

O Doppler avalia a circulação sanguínea no útero e na placenta, rastreando o risco de doenças que frequentemente culminam na prematuridade induzida (quando o parto é antecipado por indicação médica).

 Um padrão de alta resistência ou fluxo anormal nas artérias uterinas sugere um funcionamento placentário inadequado. Essa disfunção é o principal precursor de complicações graves como a Pré-eclâmpsia e a Restrição do Crescimento Intrauterino (RCIU). Ao identificar o risco, o profissional pode implementar protocolos preventivos (como o uso de ácido acetilsalicílico em baixas doses) e monitorar a gestação de forma intensiva, minimizando os riscos para a mãe e o bebê.

A precisão e a acurácia na realização e interpretação desses exames são a base para um pré-natal seguro. É essa expertise técnica que transforma a preocupação em uma intervenção eficaz, e o risco em prevenção.

"Em um campo onde o Ultrassom e o Doppler se tornaram ferramentas cruciais para a segurança materno-fetal e a detecção de riscos, o domínio técnico é fundamental", explica o Prof. Dr. Francisco Mauad Filho, diretor-geral da FATESA, ginecologista, obstetra e ultrassonografista. Aprimorar as habilidades para oferecer a máxima excelência no rastreio da prematuridade e em outras áreas da medicina fetal é de extrema importância", afirma.  Essa é uma data importante, para conscientizar sobre o alto número de partos prematuros, que no Brasil chegam a cerca de 12% dos nascimentos, segundo dados do Ministério da Saúde e da Agência Brasil", ressalta o professor.

Rastreio a Prematuridade 

Os cursos da FATESA na área de Ginecologia e Obstetrícia são desenhados para fornecer o conhecimento teórico e prático em técnicas de ultrassonografia avançada. Os temas que abordam diretamente os exames cruciais para o risco de prematuridade estão presentes em diferentes cursos oferecidos pela Instituição. 

Por que a Capacitação é Essencial?

O treinamento especializado garante que o médico não apenas realize o exame, mas interprete corretamente achados críticos:

Precisão na Medição do Colo Uterino: Técnicas de imagem padronizadas são fundamentais para obter a medida exata do colo, evitando falsos positivos ou falsos negativos no diagnóstico de risco.

Interpretação do Índice de Resistência: O Doppler exige conhecimento técnico para diferenciar um fluxo normal de um fluxo de alta resistência nas artérias uterinas (que pode indicar um risco placentário).

Fale com a nossa equipe e saiba mais sobre os cursos de especialização disponíveis clicando aqui!