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Ultrassonografia das Artérias Oftálmicas: uma nova perspectiva no Diagnóstico da Pré-Eclâmpsia
Aplicação clínica é clara para antecipar a identificação de gestantes em risco
"A pré-eclâmpsia é, até hoje, um dos maiores desafios da obstetrícia moderna. Apesar dos avanços no pré-natal, ainda lidamos com desfechos graves que poderiam ser evitados se tivéssemos ferramentas mais sensíveis para identificar precocemente a doença. A ultrassonografia das artérias oftálmicas com Doppler surge exatamente nesse ponto: oferecer ao obstetra uma forma acessível e reprodutível de avaliar a repercussão hemodinâmica materna antes que os sinais clínicos mais graves se manifestem" explica o coordenador do Curso de Ultrassonografia das Artérias Oftálmicas na Avaliação da Pré - Ecdlâmpsia, Dr. Fernando Marum Mauad, ressaltando que a técnica amplia o arsenal diagnóstico dos especialistas. O exame permite avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias oftálmicas, identificando alterações de resistência vascular que refletem a adaptação, ou falha de adaptação, da gestação", diz. Isso significa que, com o Doppler oftálmico, é possível prever complicações, estratificar riscos e acompanhar de forma mais precisa pacientes com maior vulnerabilidade à doença.
Identificando os riscos
Segundo ainda, Marum Mauad, a aplicação clínica é clara para antecipar a identificação de gestantes em risco, monitorar a evolução dos casos de hipertensão gestacional, apoiar a tomada de decisão clínica em situações de incerteza e ampliar a segurança materno-fetal com dados objetivos."Não se trata apenas de mais um exame complementar. É uma forma de traduzir em números e curvas aquilo que muitas vezes só percebemos quando já é tarde. Por isso, é fundamental que o obstetra e o radiologista dominem essa técnica."
Para difundir esse conhecimento à classe médica, a FATESA estruturou o Curso de Extensão em Ultrassonografia das Artérias Oftálmicas na Avaliação da Pré-eclâmpsia, destinado a médicos das áreas de obstetrícia, ginecologia e diagnóstico por imagem.
O programa une conteúdo teórico essencial e imersão prática supervisionada, garantindo que o médico saia apto a aplicar a técnica em sua rotina clínica.
Nesta curva de aprendizado, o programa ocupa 60% da carga horária dedicada à prática, 5 horas de treinamento em execução do exame, interpretação de parâmetros e discussão de casos reais sob a supervisão de um corpo docente formado majoritariamente por Mestres e Doutores. Outro diferencial do curso está no formato das turmas. "Com número reduzido de alunos, a proposta é oferecer um aprendizado mais próximo e individualizado, favorecendo a prática supervisionada e a troca direta entre professores e participantes", finalizou o coordenador.